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INCENTIVO A LEITURA – SUGESTÃO
1822 – DE LAURENTINO GOMES
Mais uma vez Laurentino Gomes nos
presenteia com esse livro que, junto com 1808 (leia aqui), é pra
mim uns dos melhores livros sobre a História do Brasil.
Quando
comecei a lê-lo em meados de agosto, nem passava pela minha cabeça que
terminaria a leitura na semana em que comemoramos a Independência. De fato, o
Brasil tinha tudo para dar errado mesmo. De cada 3 pessoas, 2 eram escravos. De
cada 10 só 1 sabia ler e escrever e até os mais ricos eram analfabetos e
ignorantes, com raras exceções.
A
independência do Brasil começou bem antes de 07 de setembro de 1822. Começou
quando, em meados do mês janeiro, D. Pedro recusou-se a voltar para Portugal.
Algumas semanas após o “Dia do Fico” D. Pedro partiu em direção à Minas Gerais,
pois havia rumores de uma rebelião liderada por portugueses. Chegando a Minas
foi recebido com festa e os revoltosos não queriam mais que atenção.
No Brasil
de 1822 Jose Bonifácio teve papel equivalente ao de Thomas Jefferson na
independência dos Estados Unidos. Os dois estiveram na França na época da
revolução francesa e, ao contrário de T. Jefferson, Bonifácio sabia que a
energia das massas sem controle e não canalizadas para instituições como o
parlamento seria tão nociva quanto a tirania de um soberano absoluto.
A
árvore da liberdade precisa ser irrigada de tempo em tempo pelo sangue de
patriotas e tiranos
Um mito
recorrente da independência brasileira é que a mesma foi pacífica, mas não foi
nem perto. Durou 21 meses entre fevereiro de 1822 e novembro de 1823. Nesse
período morreram milhares de pessoas nos diversos ambientes que ocorreram. Só
na Bahia, aproximadamente 16.000 brasileiros e 5.000 portugueses trocaram tiros
durante esse período.
Nenhum estado brasileiro comemora a independência como a
Bahia, pois foi aqui – no dia 02 de julho de 1823 – que os portugueses foram
expulsos por tropas brasileiras formadas por comerciantes, escravos e pessoas
comuns. 1822 é um livro de leitura obrigatória, pois conta a nossa história.